Cearenses convivem com a quinta menor renda do Nordeste

O deputado Cláudio Pinho (PDT) analisou o cenário econômico do Ceará, nesta quinta-feira (29/02), durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece).   O parlamentar destacou notícia publicada hoje no jornal O Estado com a manchete “Cearenses têm a quinta menor renda do Nordeste”. Cláudio Pinho ressaltou que […]

29 de fevereiro de 2024
O deputado Cláudio Pinho (PDT) analisou o cenário econômico do Ceará, nesta quinta-feira (29/02), durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece).   O parlamentar destacou notícia publicada hoje no jornal O Estado com a manchete “Cearenses têm a quinta menor renda do Nordeste”. Cláudio Pinho ressaltou que não comunicou a notícia aos parlamentares com alegria. “Lógico que não. Queremos a população vivendo bem, mas tem que ter políticas públicas que possibilitem a geração de emprego e renda para a melhoria da vida da população”, frisou.   O deputado salientou que “sente na pele” a situação de desemprego ao andar pelos municípios e também em Fortaleza. “Cada deputado sabe o que estou falando e sente na pele o desespero e a desilusão da população por não ter oportunidades de emprego. São essas coisas que colocam o Estado nessa situação de ser o 5º do Nordeste e o 25º do Brasil”, lamentou.   Cláudio Pinho defendeu ainda que a Assembleia Legislativa deve “lutar” para melhorar a vida do homem do campo. “A economia de vários municípios vive dos aposentados e de programas sociais dos governos. Temos que trabalhar para mudar a página, para que as pessoas possam ter renda e viver melhor”, assinalou.   O parlamentar sugeriu a abertura de diálogo com o Governo do Estado e o setor produtivo para ajudar a melhorar a economia do Ceará. “Nós não estamos aqui para fazer críticas, mas para apresentar soluções, para construir um Ceará para as pessoas viverem bem. Nós queremos contribuir com o debate, e a Alece é o local em que o debate acontece”, enfatizou.   O parlamentar abordou ainda denúncia recebida dos alunos da Escola de Ensino Médio Doutor Gentil Barreira, localizada no bairro Conjunto Ceará, em Fortaleza. Segundo o parlamentar, o colégio está sem condições de ensino nas salas de aula. A escola não tem toner para cópias e nem “teto” para abrigar os estudantes. “A culpa é do Sarto, do Elmano? Os estudantes estão em busca de uma solução”, assinalou. E lembrou que são as escolas municipais que elevam o nível da educação no Estado.   Ainda na tribuna, Cláudio Pinho abordou a situação da educação no município de São Gonçalo do Amarante. Ele informou que, quando prefeito da cidade, deixou a gestão com uma escola pré-pronta, entretanto o atual dirigente inaugurou a escola apenas três anos depois. O parlamentar salientou que a escola foi alagada devido às fortes chuvas, está com o teto “condenado” e ainda “tem salas interditadas”. “Esta é a realidade da educação! Mas o que está acontecendo em uma cidade que tinha 52 escolas nota 10 e hoje não tem mais nenhuma? Os investimentos em educação são R$ 100 milhões a menos, e o resultado é que estão acabando com a educação de São Gonçalo do Amarante”, avaliou.   Em aparte, o deputado Felipe Mota (União) ressaltou que, em 2025, a situação econômica do Estado vai piorar. O aumento de impostos, a diminuição de renda e o medo dos investimentos dos empresários cearenses vão contribuir para que o Estado “fique mais pobre”, previu.   O deputado Sargento Reginauro (União), por sua vez, criticou o projeto Pé-de-Meia, do Governo Federal, que tem como meta reduzir a evasão escolar no Brasil. O parlamentar ressaltou que o programa “vai comprar a presença do aluno, mas não vai comprar a atenção deles”. “Ainda dá tempo de montar um plano de vergonha”, protestou.   O deputado Antônio Henrique (PDT) salientou que é preocupante a situação econômica do Estado. O parlamentar lembrou que pessoas o procuraram para pedir emprego. “É isso que estamos vendo, o Ceará cada vez mais afundando e o povo padecendo com a situação”, lamentou.   E o deputado Lucílvio Girão (PSD) sugeriu que o Partido dos Trabalhadores (PT) volte a suas origens. “O PT tem que voltar aos sindicatos, à classe média, ao funcionalismo público e à infraestrutura”, sugeriu.
Fonte: Assembleia Legislativa do Estado do Ceará